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Empreendedorismo feminino – Grandes mulheres de negócios

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Há quem goste de separar as coisas, aquela velha história que ouvimos desde a nossa infância e que muitas vezes se perpetuam ao longo de nossas vidas. Boneca é coisa de menina, já carrinho é coisa de menino. Mulher não entende de futebol e homem não sabe cozinhar. O homem sai pra trabalhar e a mulher tem que ficar em casa cuidando dos filhos. Há quem diga também, que por mais que as mulheres tentem, tem coisas que só os homens sabem fazer. Administrar uma empresa certamente não está nesse quesito.

O empreendedorismo feminino foi mais um tabu batido por elas. Hoje, boa parte das empresas é chefiada por mulheres e, diga-se de passagem, que vem fazendo muito bem o seu trabalho, já que no Brasil, as mulheres possuem metade do empreendedorismo do país, chegando a 10,4 milhões de mulheres, segundo um estudo feito pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor) realizada em 2010. As brasileiras estão entre as mais empreendedoras do mundo.

Se em 2010, isso já ocorria, imaginem daqui mais alguns anos. Podemos dizer que a mulher empreendedora está em expansão, e não apenas no Brasil, mas no mundo todo também. Nos EUA, por exemplo, onde elas também são donas da metade das empresas do país, as mulheres são de extrema importância para a economia nacional, já que lá, chegam a movimentar cerca de U$ 3 milhões gerando emprego para 16% dos trabalhadores segundo um estudo do Center for Women’s Business Research.

As mulheres hoje fazem questão de deixar bem claro que são capazes de fazer tudo e dominar qualquer ramo, porém, sempre existirão aqueles que duvidam. Logo, se formos comparar os dados, veremos que muitas vezes, as empresas comandadas por mulheres faturam mais que empresas que possuem o homem no controle como aponta a consultoria Rizzo Franchise especializada nesses negócios, dizendo que 61 mil mulheres empreendedoras estão à frente de empresas que chegam a faturar até 32% a mais do que empresas gerenciada por homens.

Mas ao mesmo tempo em que conseguimos identificar que esse sucesso todo se deu por muito esforço e perseverança da parte das mulheres, ainda assim, supomos que apenas isso não poderia ser causador de tais resultados, uma vez que os homens empreendedores também se igualam nos esforços, dedicação e capacidade ao administrarem suas empresas.

Alguns dos motivos apontados estão ligados ao avanço educacional obtido por elas, já que, com as famílias cada vez menores, levando em consideração o número de filhos que diminuiu, elas tiveram mais tempo e espaço para se dedicarem a um curso superior ou técnico, por exemplo, fora os movimentos feministas que alavancaram bastante a busca das mulheres por sua independência financeira, melhor qualidade de vida e acima de tudo seu auto respeito.

Outros motivos apontados também foram as formas que elas cuidam de seus negócios. As mulheres possuem habilidades que se encaixam perfeitamente nesse ramo. Por exemplo, elas tendem a planejar melhor cada passo a ser seguido, pensam nos detalhes e não tratam apenas das coisas vistas como as mais importantes dentro de uma empresa e nem apenas as burocráticas.

São mais participativas, gostam de se inteirar de todos os processos para se certificarem que tudo saia perfeito. Tem mais jeito parar tratar aqueles assuntos mais difíceis e até chatos às vezes, pois são menos agressivas em seu “jogo de cintura”. Ao mesmo tempo em que são corajosas, quando se trata de negócios, elas são mais cautelosas, não se importam de ter uma progressão mais lenta desde que o resultados sejam bons e, por fim, se importam com as opiniões de seus colaboradores, sabem que não estão sozinhas nessa, elas se preocupam com seus funcionários e parceiros.

Os seus empreendimentos também são os que tem a taxa de sobrevivência maior já que optam por negócios menores, mas que estão em alta. O Instituo Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) para a pesquisa GEM de 2010 apontou que os negócios em que elas mais atuam são o mercado varejista, alimentação e indústria de transformação, sendo 33%, 20% e 12% delas respectivamente.

E por conta dessa enorme participação das mulheres nesse mercado antes ocupado apenas por grandes homens de negócios, o Sebrae já se preocupou em  lançar prêmios para elas.  O Prêmio Mulheres de Negócios, por exemplo, começou em 2004 e continua até hoje.

E parando para pensar, é realmente difícil que cada um de nós não conheça pelo menos uma mulher que esteja à frente de uma empresa, e mais, que essa empresa não esteja fazendo sucesso. Todos devem tomar para si o exemplo das mulheres empreendedoras no geral, pois o que elas nos ensinam vai muito além de mostrar métodos de como ganhar dinheiro com seu próprio negócio, elas nos ensinam a correr atrás dos nossos sonhos, nos mostram como ter foco, como ter a coragem, determinação e persistência para alcançarmos nossos objetivos. E isso não é tudo.

Toda mulher que está nesse ramo tem uma história para contar, uma história de superação e que merece ser ouvida. Elas não fazem isso e nem arcam com essas responsabilidades para competir ou provar alguma coisa para alguém, antes até podia ser, mas hoje, as mulheres tomam a frente dos empreendedorismos porque gostam. E pelo rumo que as coisas estão tomando, levando em consideração as mulheres empreendedoras que ainda estão escondidas por aí esperando um empurrãozinho, é bem capaz que daqui a algum tempo, a maior parte dos empreendedores do país sejam constituídos por grandes mulheres de negócios.

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